Notícias do MEC:
Dois projetos de incentivo à leitura desenvolvidos nos
municípios de Santa Maria de Jetibá e de Vitória, no Espírito Santo, e
um em São Paulo, capital, foram os vencedores do prêmio Vivaleitura de
2011. O anúncio foi feito na noite de quinta-feira, 10, na Fundação
Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Concorreram ao prêmio 1.865
experiências das 27 unidades da Federação.
O projeto Biblioteca Itinerante nas Comunidades Pomeranas de Santa Maria de Jetibá foi o ganhador na categoria bibliotecas. A experiência envolve cerca de sete mil estudantes da rede pública municipal urbana e rural. O município, de 34,1 mil habitantes, a 80 quilômetros de Vitória, foi colonizado no século 19 por pomeranos — europeus oriundos de região entre a Alemanha e a Rússia, atual Polônia. A população da cidade capixaba fala o português e pomerano.
Para incentivar o uso da língua portuguesa nas áreas ocupadas pela colônia pomerana, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve projeto de biblioteca itinerante, que faz visitas às escolas. Com o prêmio de R$ 30 mil, ganhos nesta edição do Vivaleitura, a secretaria pretende comprar um ônibus e mais livros para ampliar a experiência.
Na categoria escolas públicas e privadas, o prêmio ficou com o projeto A Volta ao Mundo em Mil História, desenvolvido na Escola Municipal Professor Vercenilio da Silva Pascoal, da periferia de Vitória. A experiência foi desenvolvida pela bibliotecária Elane de Oliveira Ebinger com estudantes do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos.
Para introduzir os estudantes na leitura dos clássicos da literatura infantil e infanto-juvenil, Elane faz um trabalho que une geografia, história e atualidades. Ela seleciona um país, fala de sua história e de seus escritores e apresenta a literatura ali produzida. Ao escolher a França, por exemplo, ela chama a atenção dos estudantes para o livro Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, disponível na biblioteca da escola.
A terceira experiência premiada é Biblioteca do Arsenal Esperança, que concorreu na categoria sociedade. O projeto é desenvolvido no Albergue Social, que funciona na antiga Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo. Lá vivem cerca de 1,2 mil pessoas. De uma pequena sala de leitura que existia em 2005, o espaço e o acervo foram ampliados por iniciativa de Lourival Lopes Cancela, que morou no albergue e hoje faz graduação em biblioteconomia.
Hoje, o espaço de leitura reúne cerca de 6 mil obras catalogadas. Com o prêmio de R$ 30 mil dado ao projeto, Lourival pretende incluir tecnologias digitais e criar um acervo de obras em DVD.
Autores de seis projetos escolhidos pela comissão julgadora receberam a menção honrosa José Mindlin, uma homenagem ao bibliófilo paulista, que morreu em fevereiro de 2010.
Evolução — Criado no Ano Ibero-Americano da Leitura (2005), o prêmio incentiva a leitura em espaços escolares, bibliotecas, instituições, entidades e residências. Desde a primeira edição, até 2010, o Vivaleitura recebeu cerca de 10,3 mil projetos — 90 classificados e 15 premiados. No período, foram distribuídos R$ 450 mil.
O prêmio é promovido pelos ministérios da Educação e da Cultura, coordenado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e patrocinado pela Fundação Santillana, da Espanha. A cada ano são distribuídos R$ 90 mil, em dinheiro, aos vencedores das três categorias. O Vivaleitura tem o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Ionice Lorenzoni
O projeto Biblioteca Itinerante nas Comunidades Pomeranas de Santa Maria de Jetibá foi o ganhador na categoria bibliotecas. A experiência envolve cerca de sete mil estudantes da rede pública municipal urbana e rural. O município, de 34,1 mil habitantes, a 80 quilômetros de Vitória, foi colonizado no século 19 por pomeranos — europeus oriundos de região entre a Alemanha e a Rússia, atual Polônia. A população da cidade capixaba fala o português e pomerano.
Para incentivar o uso da língua portuguesa nas áreas ocupadas pela colônia pomerana, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve projeto de biblioteca itinerante, que faz visitas às escolas. Com o prêmio de R$ 30 mil, ganhos nesta edição do Vivaleitura, a secretaria pretende comprar um ônibus e mais livros para ampliar a experiência.
Na categoria escolas públicas e privadas, o prêmio ficou com o projeto A Volta ao Mundo em Mil História, desenvolvido na Escola Municipal Professor Vercenilio da Silva Pascoal, da periferia de Vitória. A experiência foi desenvolvida pela bibliotecária Elane de Oliveira Ebinger com estudantes do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos.
Para introduzir os estudantes na leitura dos clássicos da literatura infantil e infanto-juvenil, Elane faz um trabalho que une geografia, história e atualidades. Ela seleciona um país, fala de sua história e de seus escritores e apresenta a literatura ali produzida. Ao escolher a França, por exemplo, ela chama a atenção dos estudantes para o livro Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, disponível na biblioteca da escola.
A terceira experiência premiada é Biblioteca do Arsenal Esperança, que concorreu na categoria sociedade. O projeto é desenvolvido no Albergue Social, que funciona na antiga Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo. Lá vivem cerca de 1,2 mil pessoas. De uma pequena sala de leitura que existia em 2005, o espaço e o acervo foram ampliados por iniciativa de Lourival Lopes Cancela, que morou no albergue e hoje faz graduação em biblioteconomia.
Hoje, o espaço de leitura reúne cerca de 6 mil obras catalogadas. Com o prêmio de R$ 30 mil dado ao projeto, Lourival pretende incluir tecnologias digitais e criar um acervo de obras em DVD.
Autores de seis projetos escolhidos pela comissão julgadora receberam a menção honrosa José Mindlin, uma homenagem ao bibliófilo paulista, que morreu em fevereiro de 2010.
Evolução — Criado no Ano Ibero-Americano da Leitura (2005), o prêmio incentiva a leitura em espaços escolares, bibliotecas, instituições, entidades e residências. Desde a primeira edição, até 2010, o Vivaleitura recebeu cerca de 10,3 mil projetos — 90 classificados e 15 premiados. No período, foram distribuídos R$ 450 mil.
O prêmio é promovido pelos ministérios da Educação e da Cultura, coordenado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e patrocinado pela Fundação Santillana, da Espanha. A cada ano são distribuídos R$ 90 mil, em dinheiro, aos vencedores das três categorias. O Vivaleitura tem o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Ionice Lorenzoni
Palavras-chave: Vivaleitura, prêmio
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