O universo de alunos avaliados aumentou. Na rede estadual a participação geral dos alunos do 3º ano passou de 81% em 2008 para 91,1% em 2009. Efetivamente, participaram 117.391 alunos da rede estadual de ensino neste ano. No ano passado foram 112.604 estudantes, o que representa um crescimento de 4,3% de alunos avaliados.
As redes municipais apresentaram grande aumento no percentual de participação dos alunos com a adesão das escolas dos municípios de Betim, Contagem e Juiz de Fora que não participaram das edições anteriores do Proalfa. A rede municipal aumentou em 20,3% o número de alunos avaliados no período de 2008-2009. Acesse a apresentação de slides aqui.
Ao todo, participaram 314.316 alunos da rede pública de ensino (estadual e redes municipais) do Proalfa/2009.
Proficiência
O nível de capacidade de entendimento e leitura das crianças que participam do Proalfa é medido em uma escala de proficiência construída especialmente para a fase de alfabetização. Essa escala varia de 0 a 800 e apresenta de forma ordenada e contínua o desempenho dos alunos do 2º ao 4º ano do ensino fundamental.
Confira no quadro abaixo a distribuição por faixa de proficiência.
Médias de proficiência – A capacidade de entendimento e leitura (médias de proficiência) dos alunos do 3º ano nas escolas estaduais manteve-se estável e passou de 550,3 em 2008 para 551,6 em 2009. Na rede municipal, a variação foi de 513,8 no ano passado para 514,1 em 2009. Com desempenho acima de 500 na escala de proficiência, os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental são classificados no nível recomendável. Isso significa que eles leem frases e pequenos textos e começam a desenvolver habilidades de identificação do gênero, do assunto e da finalidade de textos.
Níveis de desempenho
O Programa de Avaliação da Alfabetização classifica os alunos em três níveis de desempenho. Para os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental a classificação é a seguinte: baixo (350-450), intermediário (450-500) e recomendado (500-600 ou mais). Na avaliação do Proalfa/2009 dos alunos 3º ano do Ensino Fundamental do da Rede Estadual, o percentual dos alunos no nível recomendável de aprendizado manteve-se estável em 72,6%. Em 2008, o índice foi de 72,5%. Os avanços em relação ao Proalfa 2008 foram na redução do percentual de alunos na faixa de baixo desempenho, que caiu de 13,8% para 11,9% e no aumento do percentual dos alunos do nível intermediário de 13,7% para 15,5%.
Em 2009, na rede municipal, o índice dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental no nível recomendável permaneceu estável em 56,2% (56,9% em 2008). No intermediário o percentual cresceu de 19% em 2008 para 20,7% em 2009. No baixo desempenho houve redução de 24,1% em 2008 para 23,1% em 2009.
Recuperação do nível crítico - Os alunos da rede estadual que estavam no nível de baixo desempenho em 2008 receberam investimentos pedagógicos diferenciados e passaram por nova avaliação em 2009.
A média de proficiência desses alunos em 2009 foi de 508,0 na rede estadual e de 478 na municipal.
Na avaliação dos alunos de baixo desempenho a classificação dos níveis é feita de acordo com a escala do 4º ano que considera os níveis baixo (400-500), intermediário (500-600) e recomendado (600-650 ou mais). Veja o quadro:
Resultados por Superintendência Regional de Ensino
Médias das Superintendências Regionais de Ensino em relação à média do Estado.
O que é o Proalfa - O Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) é realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEE). O Programa faz parte do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave) e foi desenvolvido por meio da parceria entre a SEE, o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A avaliação do Proalfa identifica os níveis de aprendizagem em relação à leitura e à escrita dos alunos e é parte da estratégia da SEE para alcançar a meta de que em Minas toda criança saiba ler e escrever até os oito anos de idade. Os testes são anuais e aplicados em todos os alunos das redes estadual e municipais nas escolas urbanas e rurais e identifica o nível de aprendizado de cada aluno. O intervalo entre a aplicação dos testes e o resultado possibilita ações de intervenção na aprendizagem.
A avaliação é censitária para os alunos do 3º ano (8 anos de idade) e amostral para os do 2º e 4º anos. A censitária é uma avaliação nominal, que identifica o nível em que se encontra cada aluno e possibilita intervir em sua aprendizagem de forma pontual e individualizada, se necessário. A amostral produz indicadores de alfabetização para subsidiar o processo de intervenção pedagógica na escola.
Minas Gerais ainda é o único estado do País que avalia os níveis de alfabetização dos alunos das redes públicas estadual e municipais, anualmente, de modo universal, incluindo os alunos das áreas rurais. Em 2009, todos os municípios aderiram ao Proalfa. O Estado é precursor na construção de instrumentos de avaliação testados e aperfeiçoados, cujos resultados estão aptos a serem utilizados pelos gestores e professores na melhoria do processo de alfabetização.
Realizado pelo quarto ano consecutivo, o Proalfa se consolida como um poderoso instrumento de políticas públicas transformadoras na área de Educação já que permite mapear exatamente onde estão localizados o sucesso e o fracasso dos alunos por rede, por município e por escola.
Ações da SEE - A Secretaria de Estado de Educação vem investindo com várias ações nos anos iniciais do Ensino Fundamental para que todas as crianças sejam alfabetizadas até, no máximo, os oito anos de idade, condição básica para o sucesso na vida escolar. O ponto de partida para a melhoria do desempenho dos alunos da rede pública foi a ampliação, a partir de 2004, da duração do Ensino Fundamental de oito para nove anos em todo o Estado, quando as crianças passaram a ingressar nas escolas da rede pública aos seis anos de idade, dedicando mais tempo para formação educacional.
Desde então, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Educação, investe na capacitação de professores, orientadores e supervisores. A equipe central da SEE e as equipes de técnicos das 46 Superintendências Regionais de Ensino (SRE) foram reforçadas com um número maior de profissionais para acompanhar o aprendizado dos alunos em cada escola e em cada sala de aula.
Para orientar o trabalho das equipes das escolas, a SEE optou por aumentar os instrumentos de apoio ao professor com a distribuição do “Guia do Professor Alfabetizador”. O material é direcionado aos professores do 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental. São quatro guias para cada ano, com diretrizes práticas, objetivas e roteiros de atividades para o dia a dia na sala de aula e as metas a serem alcançadas.
A SEE já realizou quatro congressos estaduais de alfabetização – em cada edição, reuniu cerca de três mil professores e especialistas das escolas estaduais e representantes de prefeituras municipais – e implantou em todas as escolas o Plano de Intervenção Pedagógica (PIP), a partir dos resultados das avaliações, como âncora do processo de planejamento focado no desempenho dos alunos.
A avaliação só se completa quando os resultados apurados são apropriados pelas escolas. Em Minas, os resultados das avaliações são usados pelos educadores e gestores na definição de estratégias para melhorar o desempenho dos alunos. Em todas as escolas da rede estadual de ensino, professores, diretores e especialistas se reúnem para analisar os resultados das avaliações externas e elaboram o Plano de Intervenção Pedagógica com base nos resultados do desempenho dos alunos. As escolas se apropriam dos resultados e convidam também os pais e responsáveis para conhecer, discutir e participar das ações propostas no plano.
A avaliação só se completa quando os resultados apurados são apropriados pelas escolas. Em Minas, os resultados das avaliações são usados pelos educadores e gestores na definição de estratégias para melhorar o desempenho dos alunos. Em todas as escolas da rede estadual de ensino, professores, diretores e especialistas se reúnem para analisar os resultados das avaliações externas e elaboram o Plano de Intervenção Pedagógica com base nos resultados do desempenho dos alunos. As escolas se apropriam dos resultados e convidam também os pais e responsáveis para conhecer, discutir e participar das ações propostas no plano.
Dentre todas as escolas merecem atenção especial as escolas que concentram maior número de alunos no baixo desempenho. Para dar suporte aos educadores a SEE criou e implantou em 2007 o Programa Alfabetização no Tempo Certo, que envolve cerca de sete mil professores, 900 especialistas pedagógicos e mais de 1,5 mil analistas educacionais para atender necessidades educacionais das crianças de seis a oito anos nas mais de 2.600 escolas estaduais de Ensino Fundamental em Minas.
Comentários