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SP vai mapear métodos de ensino

Pela 1ª vez, docentes da rede estadual responderão a questionário sobre o que fazem em sala de aula

Renata Cafardo e Maria Rehder

Professores da rede estadual de ensino de São Paulo vão responder, pela primeira vez, a questionários do governo para dizer o que fazem em sala de aula. Serão 49 perguntas, que devem começar a ser respondidas, pela internet, a partir do dia 22. Vão esclarecer que tipo de material pedagógico usam, como fazem avaliações, quantas horas dedicam a certas atividades. A intenção é cruzar esses resultados com as notas dos alunos nos exames oficiais, feitos pela Secretaria da Educação.

Cerca de 2 milhões de alunos da 2ª, 4ª, 6ª e 8ª série do ensino fundamental e de 3ª série do médio farão em novembro a prova do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), com perguntas de português, matemática e ciências. Além dos questionários respondidos por seus professores, eles levarão para casa outra lista de perguntas específicas para pais e estudantes.

"Queremos saber o que eles acham da escola, se são chamados a participar da educação dos filhos, se sabem o que é o Saresp", diz a secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro. O estudante vai também opinar sobre material didático, transporte escolar, merenda e professores.

Os questionários dos docentes abordarão ainda temas como violência na escola, tarefas e gestão. Os cerca de 85 mil professores que lecionam nas séries avaliadas pelo Saresp vão também fornecer informações pessoais como idade, tempo de carreira, onde se formaram e que tipo de cursos realizaram. Segundo a secretária, os dados serão usados para estudos sobre os fatores relacionados à aprendizagem. O professor pode optar por responder ou não ao questionário, cujos relatórios com as respostas ficarão prontos em janeiro. "Fico me perguntando o que a secretária pretende fazer com tantos indicadores. Cada hora é uma coisa nova", diz a presidente do sindicato dos professores (Apeoesp), Maria Izabel Noronha. Para ela, os docentes devem responder só o que considerarem relevante para melhorar a qualidade do ensino. "Responder a questões é até uma punição para os professores, que terão de fazer fora do horário de trabalho."

A secretária disse que os dados serão sigilosos. Mozart Ramos Neves, presidente do Movimento Todos pela Educação, ressalta que é importante detectar possíveis deficiências do professor no processo de ensino-aprendizagem dos alunos com base em avaliações. A rede estadual de Minas já adota um sistema semelhante desde 2002.

TEMAS DAS PERGUNTAS

Uso de materiais didáticos
Relação entre professor e aluno
Dificuldades em sala de aula
Gestão escolar
Participação dos pais
Interesse do aluno
Violência na escola
Correção de tarefas
Provas aplicadas aos alunos
Tempo destinado às atividades
Programas do governo
Idade do professor, tempo de carreira, curso que fez

Estadão

16 de setembro de 2.008


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