Regresso às aulas. Preparar a transição
Estatísticas mostram que mudanças de ciclo se reflectem nas notas
A passagem do quarto para o quinto ano é um momento de transição importante na vida das crianças. Mais disciplinas, mais professores, mais responsabilidades, num espaço totalmente diferente, geralmente com mais alunos, alguns muito mais velhos.
As estatísticas mostram que esta transição pode ser complicada e ter reflexos no aproveitamento escolar: do primeiro para o segundo ciclo, a taxa de retenção quase duplica (dos 4,6 % no 4.º ano para os 8,4% no 5.º).
Para José Manuel Canavarro, professor de Psicologia na Universidade de Coimbra, o espaço é uma componente essencial. As crianças passam de espaços pequenos, para escolas às vezes com mais de mil alunos. Além disso, os meninos de dez anos, que na primária são os mais velhos, passam a ser os mais novos e a ter de conviver com adolescentes, lembra o psicólogo. "Conhecerem o espaço por antecipação ajuda. É importante dar-lhes a oportunidade de desbravarem o espaço e de se familiarizarem com ele, acompanhados do professor." É uma forma de suavizar esta transição, explica.
Assim, é desejável que haja uma sala base. "Há um conjunto de actividades que implicam deslocações, mas ter uma sala que é a nossa é vantajoso", assegura. "A rotina, a segurança, a tranquilidade são muito importantes nestas idades", realça o ex--secretário de Estado da Educação do PSD .
Nesta fase, é importante que os pais ajudem os filhos no capítulo da organização, alerta a psicóloga clínica Tânia Dinis, do NUPE - Núcleo de Psicologia do Estoril. "De repente passam a ter diferentes disciplinas, em diferentes dias, com diferentes professores, e quase todas com trabalhos de casa." Ajudá-los a organizar livros e cadernos é útil e uma boa oportunidade para os fazer falar sobre a escola.
"Nestas idades - com 10, 11 anos - falam muito e, por isso, os pais podem ir falando com eles", diz José Manuel Canavarro, que aconselha atenção nas primeiras semanas: "Levá-los à escola, conversar com o director de turma", por exemplo.
DN Online dn.pt
12 de setembro de 2.008
Estatísticas mostram que mudanças de ciclo se reflectem nas notas
A passagem do quarto para o quinto ano é um momento de transição importante na vida das crianças. Mais disciplinas, mais professores, mais responsabilidades, num espaço totalmente diferente, geralmente com mais alunos, alguns muito mais velhos.
As estatísticas mostram que esta transição pode ser complicada e ter reflexos no aproveitamento escolar: do primeiro para o segundo ciclo, a taxa de retenção quase duplica (dos 4,6 % no 4.º ano para os 8,4% no 5.º).
Para José Manuel Canavarro, professor de Psicologia na Universidade de Coimbra, o espaço é uma componente essencial. As crianças passam de espaços pequenos, para escolas às vezes com mais de mil alunos. Além disso, os meninos de dez anos, que na primária são os mais velhos, passam a ser os mais novos e a ter de conviver com adolescentes, lembra o psicólogo. "Conhecerem o espaço por antecipação ajuda. É importante dar-lhes a oportunidade de desbravarem o espaço e de se familiarizarem com ele, acompanhados do professor." É uma forma de suavizar esta transição, explica.
Assim, é desejável que haja uma sala base. "Há um conjunto de actividades que implicam deslocações, mas ter uma sala que é a nossa é vantajoso", assegura. "A rotina, a segurança, a tranquilidade são muito importantes nestas idades", realça o ex--secretário de Estado da Educação do PSD .
Nesta fase, é importante que os pais ajudem os filhos no capítulo da organização, alerta a psicóloga clínica Tânia Dinis, do NUPE - Núcleo de Psicologia do Estoril. "De repente passam a ter diferentes disciplinas, em diferentes dias, com diferentes professores, e quase todas com trabalhos de casa." Ajudá-los a organizar livros e cadernos é útil e uma boa oportunidade para os fazer falar sobre a escola.
"Nestas idades - com 10, 11 anos - falam muito e, por isso, os pais podem ir falando com eles", diz José Manuel Canavarro, que aconselha atenção nas primeiras semanas: "Levá-los à escola, conversar com o director de turma", por exemplo.
DN Online dn.pt
12 de setembro de 2.008
Comentários