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Aulas particulares não podem tirar férias da criança, diz pedagoga

Pintaram umas "vermelhas" entre as notas dos primeiros bimestres, e as férias de julho aparecem como o momento ideal para lotar a agenda de aulas particulares e recuperar o tempo perdido, certo? "Errado" - dizem os especialistas em educação. Segundo pedagogos e psicólogos, "férias são para descansar".

"Entupir o aluno de aulas de reforço em julho cria a impressão de que estudar é castigo. Parece que enquanto todo mundo brinca, quem não conseguiu aprender tem de ser punido com lição", diz a professora do departamento de Psicologia Escolar da UnB (Universidade de Brasília) Regina Pedroza.

Para a pesquisadora, "notas baixas escondem algum problema", como déficit de atenção ou questões sentimentais.

"Os pais deveriam aproveitar que a criança tem tempo livre para se aproximar dela, entender as dificuldades e os motivos que levam ao rendimento escolar abaixo do esperado", diz.

Descansar rima com aprender

A especialista recomenda, também, que os pais utilizem as férias para incentivar o "gosto" pelas atividades escolares.

"É preciso convencer a criança, principalmente aquela que vai mal na escola, que estudar não é algo chato. Por isso, vale a pena investir em programas culturais, como ida a museus, a exposições", sugere Pedroza.

Livros paradidáticos - aqueles com "historinhas" - também podem ser a porta de entrada para o mundo da leitura.

Para quem insiste em contratar professor particular durante as férias, a dica: "as aulas não devem 'tirar' mais de metade das férias", diz Nivia Gomes Basile, diretora pedagógica da escola de aulas de reforço Vésper.

"Temos bastante procura nas férias, mas nunca permitimos que uma criança com 30 dias de férias, por exemplo, contrate mais de 15 dias de aulas particulares. Sem descansar, o aluno terá o rendimento ainda mais prejudicado", diz Basile.

Bruno Aragaki
Em São Paulo
UOL Educação
15 de julho de 2.008

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