Vários estudos estabeleceram já uma relação entre o aleitamento materno e o desenvolvimento do cérebro mas estes trabalhos dirigidos por Michael Kramer, da Universidade McGill de Montreal, e a sua equipa, constituem o maior estudo alguma vez realizado numa amostra aleatória.
O estudo conclui que o aleitamento materno produz uma subida do quociente intelectual das crianças e uma melhoria do seu rendimento escolar, segundo informou a universidade McGill em comunicado.
"O nosso estudo constitui a maior prova até hoje de que um aleitamento materno prolongado e exclusivo torna as crianças mais inteligentes" afirmou Kramet, professor de pediatria, epidemiologia e bioestatística na Faculdade de Medicina da Universidade McGill.
Cerca de 14 mil crianças foram seguidas durante seis anos e meio em cerca de trinta hospitais e clínicas da Bielorrúsia para este estudo, cujas conclusões surgem publicadas no último número da revista norte-americana Archives of General Psychiatry.
Metade das mães foi exposta a um programa visando encorajar o aleitamento materno, tendo as outras continuado a receber o habitual acompanhamento pós-natal.
Este método permitiu, segundo os investigadores, avaliar os efeitos do aleitamento materno sobre o desenvolvimento das crianças, sem que os resultados sejam afectados por factores como o nível de inteligência da mãe ou a sua interacção com o lactente.
RTP
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