MARIA REHDER, maria.rehder@grupoestado.com.br
Fazer com que todos os professores se integrem e participem de forma ativa da gestão escolar. É assim que Miriam Celeste Martins, professora da pós-graduação do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), define o papel do coordenador pedagógico no início de mais um ano letivo.
A especialista sugere um simples caminho para que o coordenador conquiste tais metas: usar a leitura de obra de artes para promover a discussão sobre os anseios e objetivos dos funcionários da escola.
Segundo Miriam, a arte é o recurso ideal para este primeiro encontro pois, por ser metafórica, permite que cada indivíduo a interprete à sua maneira. “Em vez de começar o ano com cobranças, o coordenador ou diretor pode conhecer sua equipe por meio de uma situação de aprendizagem que dê a todos a oportunidade de se manifestar.”
Na escola
Para quebrar o gelo do primeiro encontro dos novos professores com os demais funcionários, Mirian sugere que o coordenador pedagógico reúna a sua equipe em um círculo em torno de dez imagens de obras de artes distintas, que podem ser conseguidas em sites como o do Museu de Arte Contemporânea da USP (www.macvirtual.com.br).
Cada indivíduo deverá receber duas folhas de papel com cores diferentes para responder dois questionamentos propostos pelo coordenador. “Ao olhar as imagens os professores deverão escolher uma que considerem estar relacionada com o que acreditam ser o maior desafio para a gestão escolar e outra que represente seu anseio em relação ao seu desempenho profissional.”
Miriam explica que em cada papel recebido os participantes terão de, individualmente, escrever uma palavra que resuma a resposta de cada um dos dois questionamentos. Ao perceber que os participantes já tenham concluído essa etapa, o condutor deve pedir a eles que coloquem o papel que contém a palavra que define seus anseios ao lado da imagem que acreditam a melhor representar. “É neste momento que o coordenador dará espaço para que cada participante se apresente e explique o porquê das suas escolhas.”
Após a fala de todos, chega o momento no qual cada um colocará a palavra que representa seus anseios ao lado da imagem que acreditam estar relacionada à sua escolha. “A partir daí, o coordenador deve ouvir os anseios dos participantes e os motivos que os fizeram relacionar a palavra escolhida com determinadas imagens”, explica.
Para encerrar, o coordenador deverá abrir espaço para o grupo discutir os pontos em comum e as diferenças entre os pontos de vista com o objetivo de definir as possíveis diretrizes para uma gestão escolar democrática. “Inclusive as imagens que não foram escolhidas por ninguém devem ser discutidas.”
De acordo com Miriam, após a discussão, o grupo estará preparado para dialogar sobre as questões da escola de forma democrática.
Extraído de
Jornal da Tarde
Opinião
17 de janeiro de 2.007
Fazer com que todos os professores se integrem e participem de forma ativa da gestão escolar. É assim que Miriam Celeste Martins, professora da pós-graduação do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), define o papel do coordenador pedagógico no início de mais um ano letivo.
A especialista sugere um simples caminho para que o coordenador conquiste tais metas: usar a leitura de obra de artes para promover a discussão sobre os anseios e objetivos dos funcionários da escola.
Segundo Miriam, a arte é o recurso ideal para este primeiro encontro pois, por ser metafórica, permite que cada indivíduo a interprete à sua maneira. “Em vez de começar o ano com cobranças, o coordenador ou diretor pode conhecer sua equipe por meio de uma situação de aprendizagem que dê a todos a oportunidade de se manifestar.”
Na escola
Para quebrar o gelo do primeiro encontro dos novos professores com os demais funcionários, Mirian sugere que o coordenador pedagógico reúna a sua equipe em um círculo em torno de dez imagens de obras de artes distintas, que podem ser conseguidas em sites como o do Museu de Arte Contemporânea da USP (www.macvirtual.com.br).
Cada indivíduo deverá receber duas folhas de papel com cores diferentes para responder dois questionamentos propostos pelo coordenador. “Ao olhar as imagens os professores deverão escolher uma que considerem estar relacionada com o que acreditam ser o maior desafio para a gestão escolar e outra que represente seu anseio em relação ao seu desempenho profissional.”
Miriam explica que em cada papel recebido os participantes terão de, individualmente, escrever uma palavra que resuma a resposta de cada um dos dois questionamentos. Ao perceber que os participantes já tenham concluído essa etapa, o condutor deve pedir a eles que coloquem o papel que contém a palavra que define seus anseios ao lado da imagem que acreditam a melhor representar. “É neste momento que o coordenador dará espaço para que cada participante se apresente e explique o porquê das suas escolhas.”
Após a fala de todos, chega o momento no qual cada um colocará a palavra que representa seus anseios ao lado da imagem que acreditam estar relacionada à sua escolha. “A partir daí, o coordenador deve ouvir os anseios dos participantes e os motivos que os fizeram relacionar a palavra escolhida com determinadas imagens”, explica.
Para encerrar, o coordenador deverá abrir espaço para o grupo discutir os pontos em comum e as diferenças entre os pontos de vista com o objetivo de definir as possíveis diretrizes para uma gestão escolar democrática. “Inclusive as imagens que não foram escolhidas por ninguém devem ser discutidas.”
De acordo com Miriam, após a discussão, o grupo estará preparado para dialogar sobre as questões da escola de forma democrática.
Extraído de
Jornal da Tarde
Opinião
17 de janeiro de 2.007
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