Da opinião de OGlobo de hoje:
Única alternativa
Todo ano a calota de gelo do Pólo Norte, que flutua sobre a água, sofre redução de área no verão; mas a tendência está se acentuando. Dados coletados por satélite desde 1978 mostram que a área congelada está diminuindo continuamente, à taxa de 8% por década. E este ano, constataram cientistas americanos, o degelo começou 17 dias antes do habitual e a superfície atingiu um mínimo recorde.
O fenômeno está de acordo com simulações em computador, a partir da premissa de aquecimento da atmosfera. A aceleração atual parece ser fruto de um processo de realimentação: o gelo altamente refletor, que devolve para o espaço a radiação térmica solar, ao se tornar água escura passa a reter o calor.
Embora ainda não haja comprovação definitiva do papel da ação humana no aumento da temperatura que está na origem de todo esse processo, praticamente não há cientistas que duvidem da ligação entre as duas coisas. Ao contrário, seria muito difícil explicar o aquecimento sem atribuí-lo ao efeito estufa, por sua vez resultado, ainda que parcial, do lançamento de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera.
Está na hora, portanto, de se deslocar o foco do debate da realidade ou não do aquecimento global — que deve ser considerado como ponto pacífico — para a prevenção possível de seu agravamento e para a defesa contra seus efeitos mais destrutivos. Conter a emissão de gases, como prevê o Tratado de Kioto (ainda não aceito pelos Estados Unidos) é apenas um tímido começo. Cabe agora dar toda atenção — e recursos — aos cientistas, para que apontem efeitos prováveis e meios de preveni-los, tanto quanto possível. Não há alternativa possível, senão fingir que o problema não existe.
Única alternativa
Todo ano a calota de gelo do Pólo Norte, que flutua sobre a água, sofre redução de área no verão; mas a tendência está se acentuando. Dados coletados por satélite desde 1978 mostram que a área congelada está diminuindo continuamente, à taxa de 8% por década. E este ano, constataram cientistas americanos, o degelo começou 17 dias antes do habitual e a superfície atingiu um mínimo recorde.
O fenômeno está de acordo com simulações em computador, a partir da premissa de aquecimento da atmosfera. A aceleração atual parece ser fruto de um processo de realimentação: o gelo altamente refletor, que devolve para o espaço a radiação térmica solar, ao se tornar água escura passa a reter o calor.
Embora ainda não haja comprovação definitiva do papel da ação humana no aumento da temperatura que está na origem de todo esse processo, praticamente não há cientistas que duvidem da ligação entre as duas coisas. Ao contrário, seria muito difícil explicar o aquecimento sem atribuí-lo ao efeito estufa, por sua vez resultado, ainda que parcial, do lançamento de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera.
Está na hora, portanto, de se deslocar o foco do debate da realidade ou não do aquecimento global — que deve ser considerado como ponto pacífico — para a prevenção possível de seu agravamento e para a defesa contra seus efeitos mais destrutivos. Conter a emissão de gases, como prevê o Tratado de Kioto (ainda não aceito pelos Estados Unidos) é apenas um tímido começo. Cabe agora dar toda atenção — e recursos — aos cientistas, para que apontem efeitos prováveis e meios de preveni-los, tanto quanto possível. Não há alternativa possível, senão fingir que o problema não existe.
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