OGLOBO:
Unesco: 35% dos alunos já viram arma na escola
Flávio Freire e Bartira Betini (DO DIÁRIO DE SÃO PAULO)
SÃO PAULO. A morte do estudante Rafael Barboza, de 15 anos, baleado anteontem nas costas durante a aula de ciências, é um flagrante de uma realidade que assusta: pesquisa feita pela Unesco com dez mil alunos revela que 35% dos estudantes já viram alguma espécie de arma em salas de aula. Rafael, cujo corpo foi enterrado ontem, foi atingido acidentalmente por um colega que levara dois revólveres 38 para a escola para mostrar aos amigos.
A pesquisa da Unesco indica que 12% dos estudantes viram ou tiveram contato com revólver na escola. Foram ouvidos jovens de Porto Alegre, Belém, São Paulo, Salvador e Brasília. Os dados serão divulgados mês que vem pelo Observatório de Violência nas Escolas, núcleo ligado à Unesco e à Universidade de Brasília. Em números absolutos, segundo a pesquisa, significa que 205 mil alunos estiveram próximos de uma arma de fogo enquanto deveriam estar estudando.
A pesquisa surpreende pelo número de alunos que admitiram ter entrado com uma arma na escola: 1,2% — o que significa que 20 mil estudantes circularam com armas, inclusive revólveres, no trajeto da casa para o colégio. Em todas as capitais, o revólver, depois do canivete, é a arma mais vista nas escolas.
Unesco: 35% dos alunos já viram arma na escola
Flávio Freire e Bartira Betini (DO DIÁRIO DE SÃO PAULO)
SÃO PAULO. A morte do estudante Rafael Barboza, de 15 anos, baleado anteontem nas costas durante a aula de ciências, é um flagrante de uma realidade que assusta: pesquisa feita pela Unesco com dez mil alunos revela que 35% dos estudantes já viram alguma espécie de arma em salas de aula. Rafael, cujo corpo foi enterrado ontem, foi atingido acidentalmente por um colega que levara dois revólveres 38 para a escola para mostrar aos amigos.
A pesquisa da Unesco indica que 12% dos estudantes viram ou tiveram contato com revólver na escola. Foram ouvidos jovens de Porto Alegre, Belém, São Paulo, Salvador e Brasília. Os dados serão divulgados mês que vem pelo Observatório de Violência nas Escolas, núcleo ligado à Unesco e à Universidade de Brasília. Em números absolutos, segundo a pesquisa, significa que 205 mil alunos estiveram próximos de uma arma de fogo enquanto deveriam estar estudando.
A pesquisa surpreende pelo número de alunos que admitiram ter entrado com uma arma na escola: 1,2% — o que significa que 20 mil estudantes circularam com armas, inclusive revólveres, no trajeto da casa para o colégio. Em todas as capitais, o revólver, depois do canivete, é a arma mais vista nas escolas.
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