Será divulgado até o fim da primeira quinzena de março o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), indicador criado no ano passado pelo governo paulista.
O índice é como se fosse uma nota, que varia de 0 a 10, dada para todas as escolas da rede estadual. Ele é elaborado a partir do desempenho dos alunos numa avaliação da secretaria, o Saresp, e na quantidade de alunos na série correta para a idade em cada escola.
O governo faz segredo sobre os resultados de 2008, mas há informações de que a secretária estadual de Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, ficou contente com o que viu. É possível que muitas escolas (até a maioria delas) tenham superado as metas para 2008 (o Saresp foi feito no ano passado).
A novidade do índice paulista - que é muito parecido com o Ideb, criado anteriormente pela Ministério da Educação (MEC) para todas as escolas do País, com base na Prova Brasil - é o bônus dado àquelas que se saírem melhor.
Pela primeira vez, o governo de São Paulo vai distribuir bônus conforme o desempenho das escolas numa prova. As que alcançarem 100% da meta traçada pela secretaria, por exemplo, levam 100% do dinheiro (repartido proporcionalmente entre todos os funcionários, da merendeira à diretora). Quem chegar a 20% do objetivo ganha 20% do bônus e por aí vai. Pela animação da secretária parece que o governo vai gastar os cerca de R$ 800 milhões destinados ao programa.
Mesmo assim, isso está longe de representar educação de qualidade. As médias gerais em 2007 da rede estadual foram de 1,41 para o ensino médio, 2,54 para 5ª a 8ª séries e 3,23 para 1ª a 4ª. Até 2030, espera-se chegar a 5, 6 e 7, respectivamente.
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25/02/2009
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