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Estudante será professor extra em classe de 1ª série

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


Após a rede estadual de ensino amargar resultados insatisfatórios nos quesitos mais básicos da educação, como leitura e escrita, nas últimas edições do Sistema de Avaliação de Rendimento do Estado de São Paulo (Saresp), a Secretaria de Estado da Educação lançou um programa que, além de estimular a leitura e a escrita, irá colocar um segundo professor na 1ª série do Ensino Fundamental. O projeto Ler e Escrever já funciona na Grande São Paulo e, a partir do próximo ano letivo, será ampliado para toda a rede. A meta é alfabetizar todos os alunos de 8 anos até 2010.

A vaga de segundo professor será preenchida por estudantes dos cursos superiores de pedagogia e letras, que atuarão como alunos pesquisadores e, dessa forma, poderão conhecer, na prática, a futura profissão. “Não iremos contratar professores. Iremos investir na formação dos futuros professores para que eles aprendam a realidade de uma sala de aula. Assim, ele poderá levar para a faculdade as dificuldades e possivelmente ser um profissional melhor”, explicou a diretora de Projetos Especiais da Secretaria de Estado da Educação, Claudia Aratangy.

Já neste próximo mês, a secretaria irá começar a cadastrar as faculdades que estejam interessadas em participar. Se forem aprovadas, firmarão um convênio com o Estado. A previsão é de que sejam oferecidas 319 vagas para a 1ª série em Campinas no começo do ano. No Interior, serão 2.339. Cada aluno ganhará bolsa de estudos de R$ 500,00 por sala atendida.

A formação permanente dos professores através dos coordenadores da escola e a oferta de livros dentro da sala de aula também fazem parte do projeto. “Iremos distribuir caixas com 44 títulos diferentes para cada 1ª série. Se uma escola tiver mais de uma sala, ganhará mais caixas e os professores poderão fazer rodízio. Haverá cinco caixas com 44 títulos em cada uma, além de gibis, revistas para o público infantil e palavras cruzadas”, contou Cláudia.

A proposta do professor extra foi bem recebida por estudantes que pretendem ingressar no magistério. “O aluno não precisa dominar só a gramática. É preciso uma abordagem maior na questão literária também”, disse a estudante do último ano do curso de letras da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) Mariana Ormeneze, de 21 anos. O colega de classe Ricardo Maciel, de 22 anos, também acredita que essa medida pode trazer bons frutos. O estudante ingressou no curso para aprimorar os conhecimentos da língua, mas acabou se apaixonando pelo magistério.

A oferta de uma minibiblioteca dentro das salas de aula já é realidade em alguns colégios particulares, como o Renovatus e a Escola Comunitária de Campinas (ECC). No Renovatus, a própria bibliotecária vira contadora de histórias e, a partir de 6 anos, os alunos contam com uma festa literária e recebem das mãos de escritores seu primeiro livro. Um dos parceiros do colégio é Ziraldo.

A FRASE

“Nosso intuito é termos professores mais preparados no futuro” - Claudia Aratangy, Diretora de Projetos Especiais da Secretaria de Estado da Educação.

Juliana Facchin
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
juliana.fernandes@rac.com.br
Fonte: Correio Popular, 30/10/08

Ler e Escrever
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

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