Cerca de 400 mil alunos passaram a contar, este ano, com atividades como judô, aulas de reforço e capoeira proporcionadas por 1510 escolas, em todo Brasil, que funcionam em tempo integral. A iniciativa é possível graças ao Programa Mais Educação. Em 2009, serão 10 mil escolas que funcionarão em tempo integral.
Nesta quinta-feira, 7, diretores de escolas e voluntários do programa estão reunidos em Brasília para o encontro de formação do Mais Educação no Distrito Federal. “Colocar atividades e pessoas diferentes nas escolas é uma prática que modifica a rotina escolar”, afirmou Leandro Fialho, coordenador de educação integral da Secretaria de Educação Integral, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad). O evento tem o objetivo de formar os gestores do projeto e também será desenvolvido em outras cinco cidades ainda este ano: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Belém.
O Mais Educação é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O programa atua com três focos: ampliar o tempo de permanência dos estudantes na escola, aumentar o espaço utilizado para a educação – com a utilização de ambientes da comunidade e do bairro – e trazer mais atores sociais para dentro dos colégios.
Os responsáveis pelas atividades oferecidas no contraturno escolar são, preferencialmente, estudantes universitários. “Mas um capoeirista da comunidade pode ser professor comunitário também”, explicou Leandro Fialho. Os professores comunitários recebem uma ajuda de custo de R$ 240 por mês. Em contrapartida, devem dar oficinas de 15 horas semanais para os estudantes.
As próprias escolas escolhem as oficinas que pretendem desenvolver e também ficam responsáveis pela seleção dos professores comunitários. O Ministério da Educação, por sua vez, repassa recursos para a implementação das oficinas por meio do programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Entretanto, a partir de 2009, caso as escolas já declarem no Censo Escolar que funcionam em tempo integral, elas receberão um acréscimo de recursos do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) de 25% para o custeio das atividades. “Os recursos do PDDE são oferecidos apenas nesse primeiro ano, enquanto as escolas não declararam no censo que estão funcionando em tempo integral”, explicou Fialho.
Ana Guimarães
MEC
Comentários
Só não consigo entender, como que projeto que apresenta tão bons resultados, pode acabar...
Pois sei de uma escola que funcionava como Tempo Integral, e para 2009 será turno normal,porque alguns pais que têm condições financeiras melhores , junto com um vereador da cidade, fizeram um abaixo assinado, para acabar com a escola de tempo integral, gostaria muito de entender como a minoria da cidade conseguiu acabar com um projeto que só este ano de 2008 recebeu três prêmios,devido a escola de tempo integral. A escola da qual estou me referindo situa- se na cidade de São José da Bela Vista...