Segundo ministro português, país decidiu acompanhar Brasil, que pretende colocar em vigor acordo em 3 anos
Jair Rattner
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, anunciou em Lisboa que o país deverá acompanhar o Brasil e adiantará a entrada em vigor do acordo ortográfico. Segundo o ministro, o Brasil se transformou no motor da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"Para nós, 2011 é uma data que se adapta ao previsto de entrada em vigor em 3 a 5 anos e está dentro do que é proposto pelo Brasil", disse Amado, em um dos intervalos da VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países da Língua Portuguesa.
Na aprovação do acordo ortográfico, em março deste ano, o governo português propôs um prazo para a implantação das mudanças de até seis anos. Ontem de manhã, na chegada à reunião, o ministro brasileiro da Educação, Fernando Haddad, revelou que o Brasil deveria implantar as alterações ortográficas em um prazo menor, de até 3 anos.
O ministro português considerou normal o protagonismo brasileiro. "O Brasil tomou esta iniciativa e tornou-se o impulsionador da CPLP. Sem o Brasil ter esta decisão, estávamos parados", afirmou.
"Estamos trabalhando o cronograma de implantação do acordo ortográfico. Neste momento, estamos tendo conversas informais com grupos editoriais brasileiros, sobretudo os que trabalham com livros didáticos, prevendo um prazo de dois ou três anos e internamente junto ao ministério da Cultura, para que a minuta do decreto presidencial possa ser colocada em consulta pública, o que deve acontecer em cerca de 30 dias" informou Haddad. "Pretendemos publicar esse decreto presidencial talvez ainda em setembro ou outubro", completou o ministro brasileiro.
O acordo ortográfico entra em vigor depois que três países tiveram ratificado. Até agora, foi ratificado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal.
Amado afirmou que Angola deverá ratificar o acordo ainda neste ano: "Hoje mesmo Angola anunciou que vai avançar com o processo de ratificação assim que o novo Parlamento tomar posse". As eleições para o Parlamento angolano estão previstas para setembro.
CONSEQÜÊNCIA
Segundo Haddad, a principal conseqüência da aprovação do acordo será política: "O que muda com o acordo é a cooperação. A ortografia muda muito pouco. Tanto no Brasil como em Portugal a expectativa é que a adaptação seja relativamente simples. Mas em foros internacionais penso que a cooperação vai ser muito promovida. Imagine a dificuldade de uma língua em foros internacionais sem uma ortografia comum", ressaltou o ministro.
Haddad também contou que, antes de viajar para Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei para a constituição de uma universidade voltada para os países de língua portuguesa.
"O presidente encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de criação de uma universidade voltada para os países da CPLP. Vai se chamar Unilab, Universidade Federal Luso-Afro-Brasileira, com o objetivo de criar um ambiente político-pedagógico voltado para a promoção da língua." A instituição deve se localizar em Redenção, no Ceará.
Estadão
Jair Rattner
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, anunciou em Lisboa que o país deverá acompanhar o Brasil e adiantará a entrada em vigor do acordo ortográfico. Segundo o ministro, o Brasil se transformou no motor da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"Para nós, 2011 é uma data que se adapta ao previsto de entrada em vigor em 3 a 5 anos e está dentro do que é proposto pelo Brasil", disse Amado, em um dos intervalos da VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países da Língua Portuguesa.
Na aprovação do acordo ortográfico, em março deste ano, o governo português propôs um prazo para a implantação das mudanças de até seis anos. Ontem de manhã, na chegada à reunião, o ministro brasileiro da Educação, Fernando Haddad, revelou que o Brasil deveria implantar as alterações ortográficas em um prazo menor, de até 3 anos.
O ministro português considerou normal o protagonismo brasileiro. "O Brasil tomou esta iniciativa e tornou-se o impulsionador da CPLP. Sem o Brasil ter esta decisão, estávamos parados", afirmou.
"Estamos trabalhando o cronograma de implantação do acordo ortográfico. Neste momento, estamos tendo conversas informais com grupos editoriais brasileiros, sobretudo os que trabalham com livros didáticos, prevendo um prazo de dois ou três anos e internamente junto ao ministério da Cultura, para que a minuta do decreto presidencial possa ser colocada em consulta pública, o que deve acontecer em cerca de 30 dias" informou Haddad. "Pretendemos publicar esse decreto presidencial talvez ainda em setembro ou outubro", completou o ministro brasileiro.
O acordo ortográfico entra em vigor depois que três países tiveram ratificado. Até agora, foi ratificado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal.
Amado afirmou que Angola deverá ratificar o acordo ainda neste ano: "Hoje mesmo Angola anunciou que vai avançar com o processo de ratificação assim que o novo Parlamento tomar posse". As eleições para o Parlamento angolano estão previstas para setembro.
CONSEQÜÊNCIA
Segundo Haddad, a principal conseqüência da aprovação do acordo será política: "O que muda com o acordo é a cooperação. A ortografia muda muito pouco. Tanto no Brasil como em Portugal a expectativa é que a adaptação seja relativamente simples. Mas em foros internacionais penso que a cooperação vai ser muito promovida. Imagine a dificuldade de uma língua em foros internacionais sem uma ortografia comum", ressaltou o ministro.
Haddad também contou que, antes de viajar para Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei para a constituição de uma universidade voltada para os países de língua portuguesa.
"O presidente encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de criação de uma universidade voltada para os países da CPLP. Vai se chamar Unilab, Universidade Federal Luso-Afro-Brasileira, com o objetivo de criar um ambiente político-pedagógico voltado para a promoção da língua." A instituição deve se localizar em Redenção, no Ceará.
Estadão
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