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Aos 6 anos, crianças encaram escola "puxada"

DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo

Avaliações periódicas, mais tempo de aula, menos de recreio. Crianças de 6 anos que estão em escolas que já adotaram o ensino fundamental de nove anos (previsto para estar presente em todas as redes de ensino do país até 2010) estão tendo de se adaptar a uma nova rotina --mais puxada e estressante, dizem os especialistas.

Parte dos colégios particulares de São Paulo começou a oferecer o nono ano no início de 2007. Apesar de o objetivo ser a garantia de mais um ano de escolaridade obrigatória para os estudantes da rede pública e de o conteúdo curricular não ter mudado (já que a principal alteração foi de nomenclatura: o antigo pré passou a ser primeira série), o cotidiano escolar acabou mudando.

Antes, alunas do pré, as crianças de 6 anos não costumavam ser submetidas às provas, estudavam em unidades com playgrounds e tinham mais tempo de recreio. Muitas escolas, porém, ao incluir esses alunos no ensino fundamental, mudaram as regras.

Na Escola Carlitos, zona oeste, por exemplo, até o ano passado a turma de 6 anos freqüentava o pré e não recebia notas. As professoras faziam relatórios de desempenho. Desde o começo do ano, o pré passou a ser a primeira série e, com isso, as avaliações trimestrais foram incorporadas à nova rotina. "Agora os alunos têm um histórico escolar e precisam receber notas", explica Laura Piteri, coordenadora-pedagógica do colégio.

Lá, o tempo do recreio das crianças de 6 anos também diminuiu (passou de 40 minutos para 30 minutos) e passou a ser realizado junto com os maiores. "Eles se adaptaram bem e nos surpreenderam. Não tivemos problema."

Mais aulas

Na Escola Santo Inácio, zona sul, que também adotou a mudança neste ano, o recreio não foi alterado e a turma de seis anos continua na mesma unidade do infantil, mas a carga horária foi esticada para ficar mais próxima do ensino fundamental. "Todo dia, eles ficam meia hora a mais no colégio", conta Paula Faria Cury, diretora-pedagógica da escola.

Já no Colégio Radial, também na zona sul, foi preciso fazer uma sala especial para a turma de seis anos porque a escola não tinha educação infantil. "Na classe, criamos cantinhos com jogos, almofadas. Tudo para a alfabetização ocorrer de uma forma mais dinâmica e lúdica", afirma Vanessa Salamon, orientadora-pedagógica da escola. Apesar da sala diferente, o recreio é junto com os alunos de segundo e terceiro anos e dura 20 minutos.

Na dúvida sobre o que fazer com sua turma de primeiro ano, o Colégio Renovação, na zona sul, optou por manter esses estudantes junto com os do infantil. "A mudança de unidade, e de regras, só acontecerá no segundo ano", diz Claudia Baratella, vice-diretora da escola. "Até lá, eles estarão um pouco mais preparados."

Extraído de

FolhaOnline

16 de julho de 2.007

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