Palavras passarão a ter nova grafia no início do ano que vem, quando entra em vigor o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
BARTIRA BETINI, bartira.betini@grupoestado.com.br
Pelo menos 300 palavras terão mudança na forma de escrever a partir do ano que vem. Está para entrar em vigor o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que prevê, também, que as letras W, K e Y integrem nosso alfabeto, que passará a contar com 26 letras.
O acordo, proposto em 1990, prevê que os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - tenham uma única forma de escrever e adotem os mesmos livros didáticos. As mudanças conservam, porém, as pronúncias típicas de cada país.
“A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido considerada prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no mundo. Por isso a importância da mudança”, afirma Carlos Alberto Xavier, coordenador do projeto no Ministério da Educação (MEC).
Para os brasileiros, muitas das mudanças estão concentradas na acentuação. As paroxítonas terminadas em “o” duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Assim, palavras como “enjôo” e “vôo” terão de ser escritas, respectivamente, “enjoo” e “voo”.
Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus decorrentes, ficando correta as grafias “creem”, “deem”, “leem” e “veem”. O trema desaparece completamente: estará certo escrever “linguiça”, “sequência”, “frequência” e “quinquênio”. A eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como no caso de “assembléia” e “jibóia”, também está prevista.
Por outro lado, as novas normas ortográficas farão com que os portugueses troquem, por exemplo, a grafia de “húmido” para escrever “úmido”. Também desaparecem da língua escrita em Portugal o “c” e o 'p' nas palavras onde ele não é pronunciado, como “acção” e “baptismo”.
Na prática
As secretarias Estadual e Municipal de Educação afirmam que terão um prazo para fazer as alterações necessárias nos livros didáticos. Segundo o MEC, em todo o Brasil, serão realizadas reuniões para a divulgação das mudanças, que deverão ser implantadas no prazo de um ano.
Jornal da Tarde
18 de maio de 2.007
O acordo, proposto em 1990, prevê que os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - tenham uma única forma de escrever e adotem os mesmos livros didáticos. As mudanças conservam, porém, as pronúncias típicas de cada país.
“A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido considerada prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no mundo. Por isso a importância da mudança”, afirma Carlos Alberto Xavier, coordenador do projeto no Ministério da Educação (MEC).
Para os brasileiros, muitas das mudanças estão concentradas na acentuação. As paroxítonas terminadas em “o” duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Assim, palavras como “enjôo” e “vôo” terão de ser escritas, respectivamente, “enjoo” e “voo”.
Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus decorrentes, ficando correta as grafias “creem”, “deem”, “leem” e “veem”. O trema desaparece completamente: estará certo escrever “linguiça”, “sequência”, “frequência” e “quinquênio”. A eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como no caso de “assembléia” e “jibóia”, também está prevista.
Por outro lado, as novas normas ortográficas farão com que os portugueses troquem, por exemplo, a grafia de “húmido” para escrever “úmido”. Também desaparecem da língua escrita em Portugal o “c” e o 'p' nas palavras onde ele não é pronunciado, como “acção” e “baptismo”.
Na prática
As secretarias Estadual e Municipal de Educação afirmam que terão um prazo para fazer as alterações necessárias nos livros didáticos. Segundo o MEC, em todo o Brasil, serão realizadas reuniões para a divulgação das mudanças, que deverão ser implantadas no prazo de um ano.
Jornal da Tarde
18 de maio de 2.007
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