Coleção traz adaptações de clássicos de nossa literatura, como ‘O Cortiço’ e ‘Memórias de um Sargento de Milícias’ para a linguagem das Hqs
Caio Quero
Os clássicos da literatura brasileira podem parecer um tanto áridos para quem ainda está engatinhando no universo das letras. Por isso, adaptações de grande obras para os quadrinhos podem ser uma boa porta de entrada para o mundo de Machado de Assis, Lima Barreto e companhia.
É essa a aposta da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos, que já colocou nas bancas dez peças clássicas vertidas para HQs e agora lança O Cortiço, de Aluísio Azevedo, e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio da Almeida, também adaptados para a linguagem pop dos gibis.
“Um conto de dez páginas, por exemplo, vira 40 páginas de quadrinhos. Já para transformar um romance inteiro, é preciso fazer uma grande adaptação no roteiro. No caso desses livros, trabalhamos com, no máximo, 60 páginas”, diz o desenhista Francisco Vilachã, responsável pela adaptação de O Cortiço e um dos coordenadores da coleção.
Vilachã explica que para a produção do roteiro da obra de Aluísio Azevedo foi necessário um mês. Já para finalizar os desenhos, ele levou três meses. “Há sempre uma dificuldade de transpor qualquer obra literária para outra linguagem. Passagens psicológicas, por exemplo, são mais complicadas.”
Para transformar Memórias de um Sargento de Milícias em gibi, o desenhista Bira Dantas fez uma longa pesquisa. “Fui tentar descobrir como era o Rio de Janeiro da época em que o Manuel Antônio de Almeida escreveu o livro. Pesquisei quais prédios e monumentos existiam em meados do século 19 e como era a arquitetura e os costumes da época”, conta Dantas.
Outro desafio de Dantas foi a modificação nas características dos personagens, que envelhecem ao longo da história. “Não estamos acostumados com isso no mundo dos quadrinhos. Normalmente, um personagem mantém suas características, não envelhece.”
‘Memórias de um Sar...’
Ed. Escala
Preço: R$12,90
O Cortiço
Ed. Escala
Preço: R$12,90
Do
Jornal da Tarde
É essa a aposta da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos, que já colocou nas bancas dez peças clássicas vertidas para HQs e agora lança O Cortiço, de Aluísio Azevedo, e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio da Almeida, também adaptados para a linguagem pop dos gibis.
“Um conto de dez páginas, por exemplo, vira 40 páginas de quadrinhos. Já para transformar um romance inteiro, é preciso fazer uma grande adaptação no roteiro. No caso desses livros, trabalhamos com, no máximo, 60 páginas”, diz o desenhista Francisco Vilachã, responsável pela adaptação de O Cortiço e um dos coordenadores da coleção.
Vilachã explica que para a produção do roteiro da obra de Aluísio Azevedo foi necessário um mês. Já para finalizar os desenhos, ele levou três meses. “Há sempre uma dificuldade de transpor qualquer obra literária para outra linguagem. Passagens psicológicas, por exemplo, são mais complicadas.”
Para transformar Memórias de um Sargento de Milícias em gibi, o desenhista Bira Dantas fez uma longa pesquisa. “Fui tentar descobrir como era o Rio de Janeiro da época em que o Manuel Antônio de Almeida escreveu o livro. Pesquisei quais prédios e monumentos existiam em meados do século 19 e como era a arquitetura e os costumes da época”, conta Dantas.
Outro desafio de Dantas foi a modificação nas características dos personagens, que envelhecem ao longo da história. “Não estamos acostumados com isso no mundo dos quadrinhos. Normalmente, um personagem mantém suas características, não envelhece.”
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