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Droga para epilepsia pode ajudar no estudo de Down

Pesquisadores da Universidade de Stanford associam doença a neurotransmissor que inibe excitação cerebral

WASHINGTON

Uma droga conhecida, usada anteriormente para estudos sobre epilepsia, pode ajudar na compreensão sobre a síndrome de Down em ratos e, futuramente, em humanos, segundo pesquisadores americanos. Os efeitos benéficos da droga, chamada pentylenetetrazole, ou PTZ, permaneceram por até duas semanas depois do tratamento. Isto sugere que o medicamento, assim como outras drogas psiquiátricas, pode ser capaz de provocar mudanças de longo prazo no cérebro.

A descoberta, publicada no jornal científico Nature Neuroscience, também pode ajudar cientistas a entender o que causa o retardamento mental observado em pacientes portadores da síndrome. “Esse tratamento tem um potencial notável”, disse Craig Garner, psiquiatra e diretor do Centro de Pesquisas de Síndrome de Down da Universidade de Stanford, na Califórnia.

“Nossas descobertas claramente abrem uma nova rota para considerarmos como disfunções cognitivas em indivíduos com Down podem ser tratadas”, afirma.

A síndrome de Down é a mais freqüente causa genética de retardamento e ocorre no mundo inteiro, em um a cada 800 nascimentos. Cerca de 5 mil crianças nascidas a cada ano nos Estados Unidos são portadoras da síndrome.

Ela é causada pela presença de um terceiro cromossomo, conhecido como cromossomo 21. A maioria das pessoas tem duas cópias de cada cromossomo. A atividade adicional dos genes na terceira cópia do 21 é a mais provável causa dos sintomas da síndrome, que variam de moderado retardamento mental a severas debilidades. Muitos pacientes também têm problemas de saúde, principalmente cardíacos.

Fabian Fernandez, uma estudante do laboratório de Garner, estava explorando a possibilidade de os cérebros de portadores da síndrome serem afetados por um componente chamado GABA, um neurotransmissor que impede que os neurônios fiquem muito excitados.

“Geralmente, o aprendizado envolve uma excitação neuronal em certas partes do cérebro”, explica Garner. “Por exemplo, a cafeína, que é estimulante, pode nos tornar mais atentos e melhorar nosso aprendizado”. O PTZ teria a propriedade de tornar mais GABA disponível no cérebro. Fernandez deu doses diárias de PTZ a camundongos. Depois de 17 dias, a droga fez com que os camundongos com Down aprendessem num ritmo aproximado ao dos sem a síndrome.

REUTERS

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