OGLOBO:
País tem menos de 10% das crianças em creches
Toni Marques
Menos de 10% das crianças de até 3 anos de idade freqüentam creches no Brasil, e cerca de um terço das crianças entre 4 e 6 anos não estão na pré-escola. Os dados são da pesquisa “Educação da primeira infância”, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em evento que contou com a presença do Prêmio Nobel de Economia em 2000, o americano James Heckman. Ele e o economista brasileiro Flávio Cunha desenvolveram uma pesquisa sobre o tema, concluindo que crianças que freqüentaram creche e pré-escola têm mais chances de se tornar adultos com renda maior e menor propensão à criminalidade, à gravidez indesejada e à dependência de programas públicos de transferência de renda.
A pesquisa foi baseada no Censo e na última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. James Heckman defende um conjunto de ações para proporcionar o acesso a creches e à pré-escola, com papel de destaque para o envolvimento dos pais em ambas as fases da vida.
Para o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, o fato de o programa Bolsa Família incentivar as crianças de 7 a 15 anos que freqüentem a escola pode não ser o bastante:
— Acho que dar atenção à pré-escola e criar uma contrapartida de que a mãe não só vacine a criança, mas a coloque na pré-escola, são uma direção interessante.
Para o economista Flávio Cunha, esta seria uma maneira de evitar o fenômeno das populações infantis de rua.
— O foco não é o que fazem estas crianças na rua, mas o que fazer para elas não irem para a rua — disse ele.
Das dez cidades com maior índice de freqüência na pré-escola, sete estão na região Nordeste. No Estado do Rio, as médias tanto sobre creches quanto pré-escola estão acima da nacional.
País tem menos de 10% das crianças em creches
Toni Marques
Menos de 10% das crianças de até 3 anos de idade freqüentam creches no Brasil, e cerca de um terço das crianças entre 4 e 6 anos não estão na pré-escola. Os dados são da pesquisa “Educação da primeira infância”, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em evento que contou com a presença do Prêmio Nobel de Economia em 2000, o americano James Heckman. Ele e o economista brasileiro Flávio Cunha desenvolveram uma pesquisa sobre o tema, concluindo que crianças que freqüentaram creche e pré-escola têm mais chances de se tornar adultos com renda maior e menor propensão à criminalidade, à gravidez indesejada e à dependência de programas públicos de transferência de renda.
A pesquisa foi baseada no Censo e na última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. James Heckman defende um conjunto de ações para proporcionar o acesso a creches e à pré-escola, com papel de destaque para o envolvimento dos pais em ambas as fases da vida.
Para o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, o fato de o programa Bolsa Família incentivar as crianças de 7 a 15 anos que freqüentem a escola pode não ser o bastante:
— Acho que dar atenção à pré-escola e criar uma contrapartida de que a mãe não só vacine a criança, mas a coloque na pré-escola, são uma direção interessante.
Para o economista Flávio Cunha, esta seria uma maneira de evitar o fenômeno das populações infantis de rua.
— O foco não é o que fazem estas crianças na rua, mas o que fazer para elas não irem para a rua — disse ele.
Das dez cidades com maior índice de freqüência na pré-escola, sete estão na região Nordeste. No Estado do Rio, as médias tanto sobre creches quanto pré-escola estão acima da nacional.
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