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Estresse na vida de universitário
Se você acha que vida de estudante universitário é estressante, aqui vai a confirmação oficial: pesquisa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) revelou que 39% dos estudantes de instituições federais apresentaram crise emocional em algum momento do curso.
O estudo foi realizado junto a 33 mil universitários de 38 universidades federais. A região do Brasil que apresentou maior percentual de estudantes com crise emocional foi a Região Sul, onde 43,1% dos alunos entrevistados afirmaram já ter tido essa espécie de dificuldade. Aqui, no Centro-Oeste, 39,3% dos estudantes já passaram por crise emocional.
A pesquisa da Andifes levantou também os motivos de os alunos universitários apresentarem problemas psicológicos. Na média nacional, o fator dificuldades financeiras ganha disparado de itens como adaptação a novas situações, problemas de aprendizagem e problemas de relacionamento, com 5% das respostas. Os outros fatores receberam entre 2,1% e 3,4% dos votos.
RelacionamentoNo Centro-Oeste, isoladamente, o fator apontado como principal causador dos problemas emocionais dos universitários foi a dificuldade de relacionamento, com 5,3% dos votos.
De acordo com o psicólogo Marcelo Tavares, coordenador do Programa de Promoção da Saúde Integral do Universitário (Psiu), da Universidade de Brasília, e que participou da coleta de dados para a pesquisa da Andifes, apesar de o estudo ter sido feito apenas com estudantes de universidades federais, essa é uma realidade que se vê também nas instituições particulares e que atinge inclusive jovens que ainda não chegaram à fase universitária.
"Podemos considerar que os jovens entre 15 e 25 anos, que estão em processo de formação, são um grupo sujeito a alto risco. As mortes nessa faixa etária, por exemplo, acontecem principalmente devido a acidentes automobilísticos, homicídios, suicídios, álcool e drogas. Todos esses comportamentos têm fundo emocional e não são exclusivos de estudantes universitários, ou de estudantes universitários de instituições federais", afirma o psicólogo.
De acordo com Marcelo, muitos dos fatores que aparecem como causadores de crise emocional na pesquisa da Andifes têm fundo acadêmico, mas eles apenas agravam ou fazem aflorar um problema emocional que já existe, como as dificuldades financeiras.
Marcelo Tavares cita como exemplo a realidade da Universidade de Brasília. Segundo ele, cerca de dois terços dos alunos da UnB provêm de famílias com renda salarial entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. "É o suficiente para pagar as contas básicas. Nesse caso, logicamente o universitário terá que trabalhar para poder estudar. Isso provoca cansaço, reduz o tempo disponível para se dedicar ao estudo. Se a pessoa não tiver um bom equilíbrio emocional, não aguenta", diz.
Segundo o psicólogo, entre 1,3 mil e 1, 5 mil dos 21 mil alunos da UnB trancam periodicamente o semestre em razão de problemas de saúde.
Estresse na vida de universitário
Se você acha que vida de estudante universitário é estressante, aqui vai a confirmação oficial: pesquisa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) revelou que 39% dos estudantes de instituições federais apresentaram crise emocional em algum momento do curso.
O estudo foi realizado junto a 33 mil universitários de 38 universidades federais. A região do Brasil que apresentou maior percentual de estudantes com crise emocional foi a Região Sul, onde 43,1% dos alunos entrevistados afirmaram já ter tido essa espécie de dificuldade. Aqui, no Centro-Oeste, 39,3% dos estudantes já passaram por crise emocional.
A pesquisa da Andifes levantou também os motivos de os alunos universitários apresentarem problemas psicológicos. Na média nacional, o fator dificuldades financeiras ganha disparado de itens como adaptação a novas situações, problemas de aprendizagem e problemas de relacionamento, com 5% das respostas. Os outros fatores receberam entre 2,1% e 3,4% dos votos.
RelacionamentoNo Centro-Oeste, isoladamente, o fator apontado como principal causador dos problemas emocionais dos universitários foi a dificuldade de relacionamento, com 5,3% dos votos.
De acordo com o psicólogo Marcelo Tavares, coordenador do Programa de Promoção da Saúde Integral do Universitário (Psiu), da Universidade de Brasília, e que participou da coleta de dados para a pesquisa da Andifes, apesar de o estudo ter sido feito apenas com estudantes de universidades federais, essa é uma realidade que se vê também nas instituições particulares e que atinge inclusive jovens que ainda não chegaram à fase universitária.
"Podemos considerar que os jovens entre 15 e 25 anos, que estão em processo de formação, são um grupo sujeito a alto risco. As mortes nessa faixa etária, por exemplo, acontecem principalmente devido a acidentes automobilísticos, homicídios, suicídios, álcool e drogas. Todos esses comportamentos têm fundo emocional e não são exclusivos de estudantes universitários, ou de estudantes universitários de instituições federais", afirma o psicólogo.
De acordo com Marcelo, muitos dos fatores que aparecem como causadores de crise emocional na pesquisa da Andifes têm fundo acadêmico, mas eles apenas agravam ou fazem aflorar um problema emocional que já existe, como as dificuldades financeiras.
Marcelo Tavares cita como exemplo a realidade da Universidade de Brasília. Segundo ele, cerca de dois terços dos alunos da UnB provêm de famílias com renda salarial entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. "É o suficiente para pagar as contas básicas. Nesse caso, logicamente o universitário terá que trabalhar para poder estudar. Isso provoca cansaço, reduz o tempo disponível para se dedicar ao estudo. Se a pessoa não tiver um bom equilíbrio emocional, não aguenta", diz.
Segundo o psicólogo, entre 1,3 mil e 1, 5 mil dos 21 mil alunos da UnB trancam periodicamente o semestre em razão de problemas de saúde.
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