Relatório apresenta panorama dos sistemas educacionais do Brasil e de 45 países-membros e parceiros da OCDE. Inep é responsável pelo EaG no País.
Confira o relatório Education at a Glance 2021 (em inglês)
Veja o Country Note – Brazil (em inglês)
Confira o Panorama da Educação: destaques do Education at a Glance 2021
Acesse a apresentação do Inep
Veja o Country Note – Brazil (em inglês)
Confira o Panorama da Educação: destaques do Education at a Glance 2021
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Na manhã desta quinta-feira, 16 de setembro, às 6h (horário de Brasília), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fez o lançamento internacional da publicação Education at a Glance (EaG) 2021, e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizou a divulgação nacional do relatório em seu portal. O relatório anual reúne estatísticas educacionais do Brasil e de outros 45 países-membros e parceiros da OCDE.
A publicação faz parte do Programa de Indicadores dos Sistemas Educacionais (Ines) da OCDE e tem o objetivo de promover a comparação internacional, levando em conta cada realidade educacional, além de subsidiar a formulação de políticas públicas.
O Brasil participa do EaG desde sua primeira edição, em 1997, tendo o Inep como responsável pela sistematização e a apuração de informações de todas as estatísticas da educação brasileira, tanto oriundas dos levantamentos estatísticos dos censos educacionais quanto de outras fontes estatísticas oficiais. O Instituto, por meio da Diretoria de Estatísticas Educacionais, também é responsável pelo acompanhamento e a validação das análises realizadas pela OCDE.
Relatório – O Education at a Glance 2021 tem como foco a equidade e apresenta informações sobre impacto da aprendizagem, acesso à educação, investimento em educação e organização das escolas.
Educação profissional – De acordo com o estudo, na maioria dos países da OCDE, os homens têm maior probabilidade de seguir um curso profissionalizante, em relação às mulheres. Diferentemente do Brasil, onde o percentual de mulheres concluintes do ensino médio profissionalizante (integrado e concomitante), em 2019, foi de 56%, acima da média da OCDE (45%). Em relação aos programas não vocacionais de ensino médio no Brasil, as mulheres também apresentaram uma alta participação (54% dos concluintes), em comparação com a média dos países da OCDE (55%).
Diante desses dados, vale pontuar que, no Brasil, os alunos do ensino médio profissionalizante representam apenas 9% dos concluintes do ensino médio, enquanto, nos países da OCDE, essa participação é de 38%. De acordo com o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno, esses dados podem ser uma oportunidade de melhorar a oferta da educação profissional.
Desigualdade de gênero – O EaG também revela que as mulheres têm mais probabilidade de fazer o ensino superior do que os homens. Contudo, elas têm menos chances de serem empregadas. De acordo com o relatório, nos países da OCDE, em média, 80% das mulheres com ensino superior (com idades entre 25 e 34 anos) estavam empregadas em 2018, enquanto os homens representavam 87%. No Brasil, a desigualdade também persiste, ao se verificar os números de taxa de emprego: 77% para mulheres e 85% para homens.
Educação infantil – Com relação à educação infantil, o Brasil tem apresentado grande avanço no acesso à etapa educacional, o que, segundo à OCDE, pode ser crucial para a promoção da equidade — foco do EaG 2021. Entre 2015 e 2019, a matrícula em educação infantil no Brasil aumentou 4 pontos percentuais (p.p.) para crianças menores de 3 anos e 7 p.p. para crianças de 3 a 5 anos. Já em 2019, a taxa de matrícula para crianças de 3 anos de idade no país atingiu o mesmo nível da média da OCDE (25%). Para crianças de 3 a 5 anos, a taxa foi de 84%, enquanto na OCDE, 83%.
Covid-19 – O relatório também pontuou os impactos econômicos causados pela pandemia da covid-19 na perspectiva de jovens, especialmente os que precisaram abandonar a educação mais cedo. O estudo mostra que, no Brasil, em 2020, a taxa de desemprego de jovens na faixa etária de 25 a 34 anos de idade com ensino médio foi de 17,8%, o que representa um aumento de 3 p.p. em relação ao ano anterior. Esse aumento foi maior do que a média da OCDE no mesmo período (15,1%), com um aumento de 2 p.p. em relação a 2019.
Gastos com educação – Conforme dados do Inep, em 2018, a média do gasto público em educação como percentual do gasto total do governo entre os países da OCDE foi de 11%, sendo que o país que apresentou o maior percentual foi o Chile (17%), seguido pela África do Sul (15%). No Brasil, esse percentual foi de 14%. Entre os países latino-americanos, o Brasil fica atrás do Chile (17%) e da Costa Rica (14%) e supera os percentuais do México (13%), da Argentina (11%) e da Colômbia (9%).
Em 2018, o Brasil gastou US$ 3.748 de recursos públicos por aluno (considerando os ensinos fundamental e médio), US$ 6.353 a menos do que a média da OCDE, de US$ 10.101. Na educação superior, o Brasil investiu US$ 14.427 por aluno, o que está US$ 572 acima da média da OCDE. Apesar dessa diferença apontada pelo relatório entre o gasto direcionado para os níveis educacionais, vale ressaltar que, a cada ano, o esforço governamental em relação principalmente à educação básica tem reduzido essa diferença ligada ao gasto por aluno da educação superior.
Docentes – Entre os países da OCDE, as mulheres possuem alta participação entre os professores dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio — 82%, 68% e 60%, respectivamente. Já no ensino superior, o público feminino tem uma parcela menor na docência, 44%. No Brasil, em 2019, a proporção de professoras foi de 88% nos anos iniciais do ensino fundamental, 66% nos anos finais, 57% no ensino médio e 46% na educação superior.
O estudo também aponta que, no ensino fundamental e médio, cerca de 35% dos professores nos países da OCDE atingirão a idade de aposentadoria na próxima década. De acordo com o EaG, os professores do Brasil são mais jovens do que a média dos países da OCDE. Em 2019, 22% dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental no Brasil tinham 50 anos ou mais de idade, enquanto esse número nos países da OCDE representa 33%.
Resultado – O acesso ao relatório Education at a Glance 2021 está disponível no portal do Inep, assim como a Nota País, produzida pela OCDE, com os destaques sobre os países participantes da publicação.
Panorama da Educação – Também está disponível, no portal do Inep, o Panorama da Educação 2021, divulgado nesta quinta-feira, 16 de setembro. A publicação é desenvolvida pelo Inep, anualmente, a partir do olhar dos técnicos do Instituto sobre os destaques do Brasil no EaG.
Países – A OCDE é composta por 38 países-membros e 8 parceiros (entre esses, o Brasil). Participam do EaG 2021 os seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Eslovaca, República Tcheca, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia.
FONTE: INEP
A publicação faz parte do Programa de Indicadores dos Sistemas Educacionais (Ines) da OCDE e tem o objetivo de promover a comparação internacional, levando em conta cada realidade educacional, além de subsidiar a formulação de políticas públicas.
O Brasil participa do EaG desde sua primeira edição, em 1997, tendo o Inep como responsável pela sistematização e a apuração de informações de todas as estatísticas da educação brasileira, tanto oriundas dos levantamentos estatísticos dos censos educacionais quanto de outras fontes estatísticas oficiais. O Instituto, por meio da Diretoria de Estatísticas Educacionais, também é responsável pelo acompanhamento e a validação das análises realizadas pela OCDE.
Relatório – O Education at a Glance 2021 tem como foco a equidade e apresenta informações sobre impacto da aprendizagem, acesso à educação, investimento em educação e organização das escolas.
Educação profissional – De acordo com o estudo, na maioria dos países da OCDE, os homens têm maior probabilidade de seguir um curso profissionalizante, em relação às mulheres. Diferentemente do Brasil, onde o percentual de mulheres concluintes do ensino médio profissionalizante (integrado e concomitante), em 2019, foi de 56%, acima da média da OCDE (45%). Em relação aos programas não vocacionais de ensino médio no Brasil, as mulheres também apresentaram uma alta participação (54% dos concluintes), em comparação com a média dos países da OCDE (55%).
Diante desses dados, vale pontuar que, no Brasil, os alunos do ensino médio profissionalizante representam apenas 9% dos concluintes do ensino médio, enquanto, nos países da OCDE, essa participação é de 38%. De acordo com o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno, esses dados podem ser uma oportunidade de melhorar a oferta da educação profissional.
Desigualdade de gênero – O EaG também revela que as mulheres têm mais probabilidade de fazer o ensino superior do que os homens. Contudo, elas têm menos chances de serem empregadas. De acordo com o relatório, nos países da OCDE, em média, 80% das mulheres com ensino superior (com idades entre 25 e 34 anos) estavam empregadas em 2018, enquanto os homens representavam 87%. No Brasil, a desigualdade também persiste, ao se verificar os números de taxa de emprego: 77% para mulheres e 85% para homens.
Educação infantil – Com relação à educação infantil, o Brasil tem apresentado grande avanço no acesso à etapa educacional, o que, segundo à OCDE, pode ser crucial para a promoção da equidade — foco do EaG 2021. Entre 2015 e 2019, a matrícula em educação infantil no Brasil aumentou 4 pontos percentuais (p.p.) para crianças menores de 3 anos e 7 p.p. para crianças de 3 a 5 anos. Já em 2019, a taxa de matrícula para crianças de 3 anos de idade no país atingiu o mesmo nível da média da OCDE (25%). Para crianças de 3 a 5 anos, a taxa foi de 84%, enquanto na OCDE, 83%.
Covid-19 – O relatório também pontuou os impactos econômicos causados pela pandemia da covid-19 na perspectiva de jovens, especialmente os que precisaram abandonar a educação mais cedo. O estudo mostra que, no Brasil, em 2020, a taxa de desemprego de jovens na faixa etária de 25 a 34 anos de idade com ensino médio foi de 17,8%, o que representa um aumento de 3 p.p. em relação ao ano anterior. Esse aumento foi maior do que a média da OCDE no mesmo período (15,1%), com um aumento de 2 p.p. em relação a 2019.
Gastos com educação – Conforme dados do Inep, em 2018, a média do gasto público em educação como percentual do gasto total do governo entre os países da OCDE foi de 11%, sendo que o país que apresentou o maior percentual foi o Chile (17%), seguido pela África do Sul (15%). No Brasil, esse percentual foi de 14%. Entre os países latino-americanos, o Brasil fica atrás do Chile (17%) e da Costa Rica (14%) e supera os percentuais do México (13%), da Argentina (11%) e da Colômbia (9%).
Em 2018, o Brasil gastou US$ 3.748 de recursos públicos por aluno (considerando os ensinos fundamental e médio), US$ 6.353 a menos do que a média da OCDE, de US$ 10.101. Na educação superior, o Brasil investiu US$ 14.427 por aluno, o que está US$ 572 acima da média da OCDE. Apesar dessa diferença apontada pelo relatório entre o gasto direcionado para os níveis educacionais, vale ressaltar que, a cada ano, o esforço governamental em relação principalmente à educação básica tem reduzido essa diferença ligada ao gasto por aluno da educação superior.
Docentes – Entre os países da OCDE, as mulheres possuem alta participação entre os professores dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio — 82%, 68% e 60%, respectivamente. Já no ensino superior, o público feminino tem uma parcela menor na docência, 44%. No Brasil, em 2019, a proporção de professoras foi de 88% nos anos iniciais do ensino fundamental, 66% nos anos finais, 57% no ensino médio e 46% na educação superior.
O estudo também aponta que, no ensino fundamental e médio, cerca de 35% dos professores nos países da OCDE atingirão a idade de aposentadoria na próxima década. De acordo com o EaG, os professores do Brasil são mais jovens do que a média dos países da OCDE. Em 2019, 22% dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental no Brasil tinham 50 anos ou mais de idade, enquanto esse número nos países da OCDE representa 33%.
Resultado – O acesso ao relatório Education at a Glance 2021 está disponível no portal do Inep, assim como a Nota País, produzida pela OCDE, com os destaques sobre os países participantes da publicação.
Panorama da Educação – Também está disponível, no portal do Inep, o Panorama da Educação 2021, divulgado nesta quinta-feira, 16 de setembro. A publicação é desenvolvida pelo Inep, anualmente, a partir do olhar dos técnicos do Instituto sobre os destaques do Brasil no EaG.
Países – A OCDE é composta por 38 países-membros e 8 parceiros (entre esses, o Brasil). Participam do EaG 2021 os seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Eslovaca, República Tcheca, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia.
FONTE: INEP
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