O maior estudo sobre educação do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), apontou que o Brasil tem baixa proficiência em leitura, matemática e ciências, se comparado com outros 78 países que participaram da avaliação. A edição 2018, divulgada mundialmente nesta terça-feira, 3 de dezembro, revela que 68,1% dos estudantes brasileiros, com 15 anos de idade, não possuem nível básico de matemática, o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Em ciências, o número chega a 55% e, em leitura, 50%. Os índices estão estagnados desde 2009.
Acesse o relatório do Brasil no Pisa 2018
Acesse o relatório do Brasil no Pisa 2018
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), é responsável pela aplicação do Pisa no Brasil. No Brasil, foram envolvidas 597 escolas públicas e privadas com 10.961 alunos, selecionados, de forma amostral, a partir de um total aproximado de 2 milhões de estudantes. Cerca de 7 mil professores também responderam questionários. A avaliação foi aplicada eletronicamente, em maio do ano passado.
Quando comparado com os países da América do Sul analisados pelo Pisa, o Brasil é pior país em matemática, empatado estatisticamente com a Argentina, com 384 e 379 pontos, respectivamente. Uruguai (418), Chile (417), Peru (400) e Colômbia (391) estão à frente.
Em ciências, o país também fica em último lugar, junto com os vizinhos Argentina e Peru, com empate de 404 pontos. Estão melhor classificados Chile (444), Uruguai (426) e Colômbia (413). Quando o assunto é leitura, o Brasil é o segundo pior do ranking sul-americano, com 413 pontos, ao lado da Colômbia (412). Em último lugar, estão Argentina (402) e Peru (401).
Esse cenário abrange, por exemplo, situações de incapacidade na compreensão de textos e na resolução de cálculos e questões científicas simples e rotineiras. Se comparado à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresenta resultados ainda piores nas três áreas avaliadas, conforme a relação abaixo:
países da América do Sul participantes do Pisa, pela proximidade territorial e cultural;
Leitura – Cerca de 50% dos brasileiros não atingiram o mínimo de proficiência que todos os jovens devem adquirir até o final do ensino médio. O Pisa 2018 revela que os estudantes brasileiros estão dois anos e meio abaixo dos países da OCDE em relação ao nível de escolarização de proficiência em leitura.
Esse resultado representa um grande obstáculo, dificultando ou até mesmo impedindo que estudantes avancem nos estudos, tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho e participem plenamente da sociedade. Na Finlândia, no Canadá e na Coreia, o índice é de 15%. O estudo mostra ainda que apenas 0,2% dos 10.961 alunos atingiu o nível máximo de proficiência em leitura no Brasil.
As escolas particulares e federais estão acima da média da OCDE, sendo a pontuação de 510 e 503, respectivamente, contra 487 pontos. Já as escolas públicas estaduais (404) e municipais (330) estão aquém da média nacional (413).
O desempenho médio das regiões Sul (432) e Sudeste (424) é maior do que o índice nacional. A região Centro-Oeste (425), embora tenha um ponto a mais que a Sudeste, tem média equivalente à nacional, devido à estimativa de erro. As regiões Norte (392) e Nordeste (389) são piores que a média do Brasil.
Matemática – 68,1% dos estudantes brasileiros estão no pior nível de proficiência em matemática e não possuem nível básico, considerado como o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Mais de 40% dos jovens que se encontram no nível básico de conhecimento são incapazes de resolver questões simples e rotineiras. Apenas 0,1% dos 10.961 alunos participantes do Pisa apresentou nível máximo de proficiência na área.
Em termos de escolarização, os estudantes brasileiros estão três anos e meio atrás dos países da OCDE (489), quando o assunto é proficiência em matemática.
As escolas particulares (473) e federais (469) têm rendimentos bem superiores à média nacional (384), diferentemente das instituições de ensino públicas estaduais (374) e municipais (314), que estão abaixo da média do Brasil.
O desempenho médio da região Sul (401) é significativamente superior ao nacional. O índice das regiões Centro-Oeste (396) e Sudeste (392) são estatisticamente iguais ao nacional. Já o das regiões Norte (366) e Nordeste (363) são inferiores ao Brasil.
Ciências – Em 2018, nenhum aluno conseguiu chegar ao topo da proficiência na área de ciências, sendo que 55% não atingiram o nível básico. Outro dado apontado pelo estudo é que o Brasil (404) está três anos atrás da OCDE (489) em termos de escolarização.
As escolas federais (491) e particulares (495), considerada a margem de erro, apresentam índices superiores aos do Brasil em ciências e estão na média dos países da OCDE. Os dois tipos de instituições de ensino também têm média bem acima das públicas estaduais (395) e municipais (330).
Em questão territorial, as regiões Sul (419), Centro-Oeste (415) e Sudeste (414) apresentam índices similares. Norte (384) e Nordeste (383) possuem os piores números.
Fatores associados – Além dos números de proficiência nas três áreas temáticas, o Pisa 2018 também apresenta o contexto em que os jovens estão inseridos e qual o impacto disso nos resultados.
Uma das situações levantadas é que, quanto mais rico social, cultural e economicamente o estudante for, maiores são as oportunidades de acesso à educação e, com isso, melhor é o desempenho escolar. Um em cada dez estudantes pobres, na faixa etária de 15 anos, acreditam que não vão concluir o ensino superior. Já no caso dos mais ricos, a média é de 1 em cada 25.
O bullying também é tema do relatório. Enquanto 23% dos estudantes dos países da OCDE declararam que já sofreram esse tipo de violência, no Brasil esse número chegou a 29%. Em relação à disciplina em sala de aula, os próprios alunos (41%) disseram que os professores levam bastante tempo até conseguirem manter a ordem na classe. Nos países membros da OCDE, o índice é de 26%.
O levantamento mostrou ainda que o índice de estudantes brasileiros que faltaram às aulas pelo menos um dia nas últimas duas semanas antes da aplicação do Pisa foi de 50 pontos percentuais, enquanto, nos países da OCDE, o dados chegam a 21 pontos percentuais.
fonte: INEP
Quando comparado com os países da América do Sul analisados pelo Pisa, o Brasil é pior país em matemática, empatado estatisticamente com a Argentina, com 384 e 379 pontos, respectivamente. Uruguai (418), Chile (417), Peru (400) e Colômbia (391) estão à frente.
Em ciências, o país também fica em último lugar, junto com os vizinhos Argentina e Peru, com empate de 404 pontos. Estão melhor classificados Chile (444), Uruguai (426) e Colômbia (413). Quando o assunto é leitura, o Brasil é o segundo pior do ranking sul-americano, com 413 pontos, ao lado da Colômbia (412). Em último lugar, estão Argentina (402) e Peru (401).
Esse cenário abrange, por exemplo, situações de incapacidade na compreensão de textos e na resolução de cálculos e questões científicas simples e rotineiras. Se comparado à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresenta resultados ainda piores nas três áreas avaliadas, conforme a relação abaixo:
- Leitura: OCDE 487, Brasil 413; faixa do Brasil no ranking: 55º e 59º
- Matemática: OCDE 489, Brasil 384; faixa do Brasil no ranking: 69º e 72º
- Ciências: OCDE 489, Brasil 404; faixa do Brasil no ranking: 64º e 67º
países da América do Sul participantes do Pisa, pela proximidade territorial e cultural;
- Espanha e Portugal, pela proximidade cultural;
- Estados Unidos, por ter um sistema federativo e grande extensão territorial;
- Canadá, pelo tamanho territorial e por ser exemplo em índices de educação;
- Coreia e Finlândia, pois apresentam alto desempenho escolar.
Leitura – Cerca de 50% dos brasileiros não atingiram o mínimo de proficiência que todos os jovens devem adquirir até o final do ensino médio. O Pisa 2018 revela que os estudantes brasileiros estão dois anos e meio abaixo dos países da OCDE em relação ao nível de escolarização de proficiência em leitura.
Esse resultado representa um grande obstáculo, dificultando ou até mesmo impedindo que estudantes avancem nos estudos, tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho e participem plenamente da sociedade. Na Finlândia, no Canadá e na Coreia, o índice é de 15%. O estudo mostra ainda que apenas 0,2% dos 10.961 alunos atingiu o nível máximo de proficiência em leitura no Brasil.
As escolas particulares e federais estão acima da média da OCDE, sendo a pontuação de 510 e 503, respectivamente, contra 487 pontos. Já as escolas públicas estaduais (404) e municipais (330) estão aquém da média nacional (413).
O desempenho médio das regiões Sul (432) e Sudeste (424) é maior do que o índice nacional. A região Centro-Oeste (425), embora tenha um ponto a mais que a Sudeste, tem média equivalente à nacional, devido à estimativa de erro. As regiões Norte (392) e Nordeste (389) são piores que a média do Brasil.
Matemática – 68,1% dos estudantes brasileiros estão no pior nível de proficiência em matemática e não possuem nível básico, considerado como o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Mais de 40% dos jovens que se encontram no nível básico de conhecimento são incapazes de resolver questões simples e rotineiras. Apenas 0,1% dos 10.961 alunos participantes do Pisa apresentou nível máximo de proficiência na área.
Em termos de escolarização, os estudantes brasileiros estão três anos e meio atrás dos países da OCDE (489), quando o assunto é proficiência em matemática.
As escolas particulares (473) e federais (469) têm rendimentos bem superiores à média nacional (384), diferentemente das instituições de ensino públicas estaduais (374) e municipais (314), que estão abaixo da média do Brasil.
O desempenho médio da região Sul (401) é significativamente superior ao nacional. O índice das regiões Centro-Oeste (396) e Sudeste (392) são estatisticamente iguais ao nacional. Já o das regiões Norte (366) e Nordeste (363) são inferiores ao Brasil.
Ciências – Em 2018, nenhum aluno conseguiu chegar ao topo da proficiência na área de ciências, sendo que 55% não atingiram o nível básico. Outro dado apontado pelo estudo é que o Brasil (404) está três anos atrás da OCDE (489) em termos de escolarização.
As escolas federais (491) e particulares (495), considerada a margem de erro, apresentam índices superiores aos do Brasil em ciências e estão na média dos países da OCDE. Os dois tipos de instituições de ensino também têm média bem acima das públicas estaduais (395) e municipais (330).
Em questão territorial, as regiões Sul (419), Centro-Oeste (415) e Sudeste (414) apresentam índices similares. Norte (384) e Nordeste (383) possuem os piores números.
Fatores associados – Além dos números de proficiência nas três áreas temáticas, o Pisa 2018 também apresenta o contexto em que os jovens estão inseridos e qual o impacto disso nos resultados.
Uma das situações levantadas é que, quanto mais rico social, cultural e economicamente o estudante for, maiores são as oportunidades de acesso à educação e, com isso, melhor é o desempenho escolar. Um em cada dez estudantes pobres, na faixa etária de 15 anos, acreditam que não vão concluir o ensino superior. Já no caso dos mais ricos, a média é de 1 em cada 25.
O bullying também é tema do relatório. Enquanto 23% dos estudantes dos países da OCDE declararam que já sofreram esse tipo de violência, no Brasil esse número chegou a 29%. Em relação à disciplina em sala de aula, os próprios alunos (41%) disseram que os professores levam bastante tempo até conseguirem manter a ordem na classe. Nos países membros da OCDE, o índice é de 26%.
O levantamento mostrou ainda que o índice de estudantes brasileiros que faltaram às aulas pelo menos um dia nas últimas duas semanas antes da aplicação do Pisa foi de 50 pontos percentuais, enquanto, nos países da OCDE, o dados chegam a 21 pontos percentuais.
fonte: INEP
Comentários