BRASÍLIA - O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) apresenta um balanço do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 1995, com os resultados da última edição, em 2005. O balanço revela uma queda no desempenho dos estudantes brasileiros. O sistema avalia o sucesso acadêmico dos alunos da quarta e da oitava séries do ensino fundamental, e da terceira série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática.
A tabela divulgada pelo MEC mostra que, em notas que variam de zero a 500 e se propõem a refletir os níveis de proficiência dos estudantes, as médias nacionais vêm caindo: em 1995, a proficiência em português dos alunos de escolas urbanas da quarta série era de 191,75. Em 2005, o nível era de 175,52. Em matemática, na mesma série, o nível caiu de 192,83 (1995) para 185,66 (2005).
A queda também é verificada nas demais séries avaliadas, e em todas as regiões do Brasil: o único avanço se deu em matemática, na terceira série do ensimo médio, na região Sul: a nota passou de 290,36 (1995) para 292,32 (2005).
Em 2005, tomaram parte na avaliação 194,8 mil estudantes, ante 96,6 mil em 1995. Os resultados de 2005 também são, no geral, inferiores aos de 1997, quando participaram 167,2 mil estudantes, mas, em alguns casos superiores aos de 2003, quando foram avaliados 218,5 mil.
Nas médias do Saeb, cada uma das disciplinas tem uma interpretação específica da escala, que é única para as três séries avaliadas. As médias apontam os distintos graus de desenvolvimento de habilidades, competências e aquisição de conhecimentos pelos estudantes ao longo dos anos de estudo.
Alunos com média igual a 175,52 em língua portuguesa, que é a média nacional para a quarta série da rede urbana, por exemplo, são capazes de entender expressões com discurso indireto, narrativas de temática e vocabulário complexos, identificar marcas dos distintos gêneros de texto e a finalidade de um texto jornalístico, entre outras habilidades.
Como a escala é cumulativa, esses estudantes também têm todas as habilidades descritas nos pontos mais baixos, como interpretar histórias em quadrinhos e poemas, identificar temas de textos mais simples e sentido de palavras em cantigas populares e expressões próprias da linguagem coloquial.
Extraído de
estadao.com.br
07 de janeiro de 2.007
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